O que é normal sentir em uma crise de ansiedade

Chamamos de crise de ansiedade aquele momento em que a sensação de angústia e insegurança aumentam de forma a te deixar com a sensação de descontrole e de que alguma desgraça pode acontecer a qualquer momento, com você ou com as pessoas importantes da sua vida.
Assim, pela intensidade e multiplicidade dos sintomas na crise de ansiedade é “normal” achar que está tendo um infarto, é “normal” achar que vai enlouquecer e também é “normal” ter a sensação de morte iminente!
E por achar que está tendo um infarto, que vai morrer acaba sendo “normal” a pessoa parar na emergência hospitalar e, ao ser informada que está num quadro ansioso, acaba sendo “normal” a pessoa desconfiar do diagnóstico porque pensa: “Não é possível tudo isso no meu corpo ser da minha cabeça!”.
Em uma crise de ansiedade é “normal” sentir no início: um aumento da sensação de medo de algo ruim aconteça a qualquer momento, com você ou com alguém que você ama.
E esse medo vem seguido dos sintomas: o coração começa a bater muito forte, dor no peito, aumento da pressão sanguínea, sensação de sufocação, de que está faltando o ar, aí começa a respirar mais rápido, puxando mais o ar para os pulmões e começa a tontura, formigamento, tremedeira, aumento da transpiração e rubor facial, tensão muscular, boca seca com dificuldade para engolir, estômago embrulhado, náusea, dor de barriga, dor de cabeça.
E no auge desses sintomas é “normal” aumentarem os medos: medo de perder o controle da situação, medo de enlouquecer, medo de infartar e medo de morrer.
O fato é que não pode ser “normal” se acostumar a sofrer desse jeito e ficar torcendo para demorar a próxima crise.
Ansiedade precisa de tratamento, a partir de suas raízes para você se livrar definitivamente desse sofrimento todo!

Falta de ar: ansiedade ou Covid-19?

Já estamos com um ano que a OMS avaliou a Covid-19 como pandemia.
Quando vivemos graus de tensão diária ficamos em um estado de alerta constante e acabamos experimentando sintomas de ansiedade.
E uma crise ansiosa é capaz de confundir muitas pessoas pois dentre os sintomas se apresenta a falta de ar que também é um dos principais sintomas da infecção por Covid-19.
Como diferenciar os sintomas da Covid-19 com uma crise de ansiedade?
2 principais ações nos ajudam a diferenciar:
1ª Ação: Investigar outras evidências.
A falta de ar, em ambos os casos, vem associada com outros sintomas.
Na ansiedade além da falta de ar, temos sentimentos de medo, pensamentos negativos, coração disparado, tensão muscular, sudorese.
Na Covid-19, a falta de ar aparece na evolução da doença para infecção das vias respiratórias causando dificuldades de respirar, febre e tosse.
2ª Ação: Responder: “Como eu estava antes de sentir a falta de ar?”.
Se antes da falta de ar estava preocupado, pensando no que de pior poderia acontecer, catastrofizando, sentindo que a cabeça não parava, com insônia, dificuldades para se alimentar ou comendo em excesso, há indicativos de ser um quadro ansioso.
Mas se antes estava com resfriado, com gripe, faltando o paladar/olfato, sem os aspectos emocionais descritos acima, podemos pensar em Covid-19.
Ambos precisam de tratamento por profissionais especializados e quanto antes buscar ajuda você evita a piora, seja da ansiedade, seja do Covid-19!

O que muda na ansiedade quando tomamos mais água

Há coisas em sua vida que disparam ansiedade e a sede pode ser uma delas!
Um componente chave para prevenção da ansiedade é conhecer os gatilhos, os disparadores da ansiedade para reduzi-los antes de desemboquem em uma crise.
Dentro dos gatilhos internos da ansiedade temos: fome, sede, alterações hormonais, como a TPM (Tensão Pré-Menstrual), sono e dores.
A água, ou melhor, a falta dela, que interpretamos como sede, ocasionada por uma desidratação do organismo é um dos gatilhos internos da ansiedade.
Evitar o gatilho da sede significa hidratar-se adequadamente, tomar a quantidade de água recomendada pelo seu peso. Uma pessoa de 90 kgs, por exemplo, está hidratada quando toma 3 litros de água.
Sabemos da nossa qualidade de hidratação através da observação de nossa urina que contém a maioria do fluido que sai do seu corpo. Se você estiver bem hidratado sua urina deve ser uma cor clara, amarelo pálido e quase inodora. Uma cor amarelada pode indicar desidratação suave, enquanto uma cor amarela intensa pode sinalizar desidratação grave.
Estudos têm demonstrado que a perda de líquido de 1-3% do seu peso corporal, que é considerado uma desidratação leve, pode causar sentimentos de fadiga e sonolência durante as atividades normais diárias e sintomas como: ansiedade, mau humor, dificuldade de concentração e um declínio na memória de curto prazo.
O consumo adequado de água conforme seu peso corporal não trata a ansiedade, mas evita a desidratação, que pode contribuir e piorar com seu quadro ansioso uma vez que compromete o funcionamento do corpo e seu cérebro!

O que fazer para evitar a ansiedade

Ansiedade é o conjunto de sintomas físicos e emocionais que sentimos diante de uma ameaça ou perigo, real ou imaginada.
Faz parte de todos nós e por isso considerada natural, normal. Dependendo da genética, do ambiente, do estilo de vida e, principalmente das experiências traumáticas o que é natural pode evoluir para uma patologia e aí temos o transtorno ansioso.
Ansiedade natural não precisa ser evitada pois ela nos ajuda a acionarmos o mecanismo de luta ou fuga diante do perigo ou ameaça. Já a piora da ansiedade patológica deve e pode ser evitada.
Sugerimos os 5 seguintes cuidados:
1 – Tratar o transtorno ansioso desde sua raiz, ou seja, tratar não só os sintomas mas aquilo que gera todo o ciclo da ansiedade que são as sequelas das experiências traumáticas.
2 – Fazer regularmente exercício físico já que libera em nossa corrente sanguínea os hormônios benéficos a alegria, motivação.
3 – Prática de hábitos saudáveis como uma alimentação natural e saudável, organização da rotina e do seu espaço, pois ajudam a reduzir o estresse diário, especialmente nesta fase pandêmica.
4 – Atitudes de gratidão e gentileza que nos faz focar, como nosso lema diz, no que funciona, ou seja, naquilo de bom e benéfico que você já tem na sua vida, evitando assim, alimentar os pensamentos negativos.
5 – Higiene da mente com práticas de meditação guiada, concentração, vivências do aqui e agora porque auxiliam na manutenção da atenção no momento presente, reduzindo a imaginação catastrófica do futuro que é um dos sintomas ansiosos.

Ansiedade e aumento da pressão arterial

Muitas pessoas ficam preocupadas com o aumento da pressão arterial nos casos de transtorno ansioso, ansiedade patológica. Acabam até criando o vício de ficar aferindo a pressão de tempos em tempos.
A ansiedade, normal ou patológica, é uma reação do nosso corpo quando ele se sente sob ameaça em perigo (real ou imaginado).
O corpo entra em estado de alerta e no mecanismo de luta ou fuga. São liberados hormônios na corrente sanguínea adrenalina/noradrenalina e cortisol que preparam o corpo para lutar ou fugir.
Vemos um aumento do ritmo cardíaco, aceleração da respiração, aumenta a pressão arterial, dilatação da pupila, maior aporte sanguíneo para musculatura das pernas e braços. Essa preparação do corpo para lutar ou fugir do perigo exige um trabalho maior do nosso sistema cardio respiratório!
Na ansiedade normal, passado o perigo, todo nosso organismo se estabiliza em equilíbrio físico e fisiológico.
Agora quando estamos na ansiedade patológica ficamos imaginando o pior, sentimos a ameaça/perigo o tempo todo e o corpo começa a mandar mensagem para o sistema cardio respiratório trabalhar mais. Com o tempo esse ciclo pode contribuir para o surgimento da hipertensão e assim dizemos que pessoas ansiosas têm maior risco de sofrer com picos da pressão.
Por isso, é necessário evitar exposições diárias de estresse e tensão e, mais que isso, tratar a ansiedade desde sua raiz, tratar as programações mentais negativas para se livrar definitivamente da ansiedade e não sobrecarregar seu corpo!