Guia rápido para ajudar alguém com ansiedade

Eis aqui um guia rápido para ajudar alguém com ansiedade:
1 – Identificar o quadro de ansiedade patológica.
A ansiedade patológica tem sintomas emocionais e físicos e também pode se manifestar enquanto uma crise de ansiedade ou um ataque de pânico.
Neste quadro a pessoa se sente descontrolada e completamente insegura.
Além disso estão presentes os sintomas: coração acelerado, respiração ofegante e rápida com a sensação de falta de ar, tensão muscular, tontura, tremedeira, sudorese, inquietação, preocupação excessiva, medos irracionais, pensamentos e sensação que algo muito ruim vai acontecer e sensação de morte iminente!
Quando esse quadro estiver acontecendo vá para o número 2.
2 – Respire corretamente, junto.
O que piora o quadro ansioso é que a pessoa, sentindo como se o ar não entrasse, começa a respirar profundo e rápido o que ocasiona a hiperventilação resultando em uma piora dos sintomas. Ela começa a ficar tonta e sentir formigamento, prejudicando ainda mais seu sofrimento e aumentando o medo de estar tendo um infarto. Para evitar que isso aconteça pratique, junto com a pessoa, a respiração abdominal com exalação prolongada, que chamamos de Respiração dos 5 Passos. E depois que ela se acalmar vá para o número 3.
3 – Incentive a pessoa a buscar ajuda para tratar a ansiedade desde sua raiz.
Enquanto isso não acontecer ela continuará sofrendo, mesmo que tome medicação. E, além disso, também sabemos que o quadro pode piorar, complicando outras áreas, ocasionando um transtorno depressivo e trazendo mais perdas.

Ansiedade pode virar doença?

Sim, ansiedade pode virar doença!
Se ansiedade pode virar doença é porque existe uma ansiedade que não é doença. Essa é a ansiedade natural, normal, adaptativa.
Todos nós, mesmo pequenos, nos sentimos ansiosos diante de algum perigo ou situação desconhecida que ameaça nossa zona de conforto. Essa ansiedade é adaptativa porque nos ajuda a lutar ou a fugir do perigo ou ameaça.
E como saber se minha ansiedade é natural ou é doença?
A forma mais simples é observando os seguintes aspectos da sua ansiedade:
– Se a situação ou evento ameaçador que está disparando seus medos está acontecendo na realidade ou dentro da sua cabeça, na sua imaginação.
– Se for uma situação ou evento ameaçador que está acontecendo na realidade, no momento em que ele acabar a ansiedade também acaba é sinal de ansiedade natural!
– Se você estiver imaginando situação ou evento ameaçador e isso tem provocado sintomas ansiosos: nervosismo, excesso de preocupação, irritação, catastrofismo, afastamento de coisas que você fazia, alterações do seu apetite, do seu sono, palpitação no coração, falta de ar, tensão muscular, possivelmente é ansiedade patológica.
– Se a situação ou evento ameaçador já acabou e você ainda está com sintomas ansiosos é sinal de que você viveu uma experiência traumática que deixou sequelas que estão te levando a ansiedade patológica.
Então, ansiedade não é frescura e não vai passar definitivamente, a menos que você trate as sequelas do trauma que são as verdadeiras raízes da ansiedade!
#focanoquefunciona

Antidepressivos fazem mal à saúde?

Os antidepressivos são fármacos alopáticos que servem para aliviar os sintomas da ansiedade e da depressão.
Quando questionamos se podem nos fazer mal, pensamos na possibilidade de ficarmos viciados.
Neste aspecto, sabemos que os antidepressivos não têm potencial para provocar dependência, diferentemente dos ansiolíticos, também receitados no tratamento do Transtorno Ansioso.
A OMS, em 2017, chamou atenção para 2 questões que podem ser danosas no uso dos antidepressivos:
– tomá-los de forma indiscriminada e
– sua retirada.
Com relação à primeira questão, orienta-se para que os antidepressivos sejam tomados a partir da prescrição por médico psiquiatra após o diagnóstico do quadro ansioso.
Sua retirada deve ser planejada e escalonada, orientada pelo médico, pois quando paramos de tomar sem fazer o desmame, podem haver sintomas como: insônia, irritabilidade, palpitações e um mal estar bem grande.
Mas, o principal mal que o antidepressivo faz é acreditar que ele vai acabar com a ansiedade.
Os antidepressivos não fazem isso, eles apenas auxiliam no tratamento reduzindo ou zerando os sintomas.
É somente através da psicoterapia que você poderá mudar o que deu origem à sua ansiedade, ou seja, a sua base. Eles não mudam padrões de pensamento e comportamento.
Então, os antidepressivos atuam no controle dos sintomas ansiosos e somente uma terapia direcionada a tratar a base da ansiedade realmente pode acabar com o transtorno ansioso de uma vez por todas.
Veja no nosso site como isso é possível: www.chegademedoeansiedade.com.br

Ansiedade na volta às aulas

São tantas dúvidas e informações que se alteram e alternam que ficamos perdidos nesta volta às aulas diferente.
As incertezas nos trazem desconfiança e sensação de estarmos ameaçados, desencadeando em nosso corpo a reação fisiológica do estresse, ou seja, ansiedade!

Muitas vezes pode ser uma ansiedade que é natural e adaptativa.
Outras vezes é uma ansiedade que fica grande o suficiente para nos atrapalhar e até perdermos o controle!
Professores, pais, jovens, adolescentes, crianças, todos estamos começando as aulas em 2021 em um clima de expectativa ansiosa!
Para passarmos por isso sem adoecermos é importante flexibilidade de pensamentos e ações, focarmos nas soluções e na agilidade para implementá-las conforme as mudanças e as novas exigências.
Além disso é importante termos uma rede de apoio e “abusarmos” de atos de gentileza e generosidade para com os outros e para conosco mesmos.
Principalmente com as crianças e adolescentes, recomendamos atenção aos sinais que podem apontar para um aumento da ansiedade, deixando de ser algo natural e se tornando patológica.
Queixas como: medos, excesso de preocupação, pensamentos catastróficos, coração disparado, aperto no peito, respiração rápida, tensão, tremedeira, perda ou excesso de apetite, perda ou excesso de sono, irritabilidade, evitação e isolamento, abuso de álcool ou drogas são alertas de que não estamos dando conta e estamos precisando de ajuda dos profissionais da saúde mental: psiquiatra, psicólogo ou terapeuta.