Os antidepressivos servem para reduzir a intensidade, duração e frequências dos sintomas ansiosos e dos depressivos. Atuam no corpo elevando os níveis de serotonina no cérebro, melhorando o humor e a disposição.
Os antidepressivos assim como os ansiolíticos são remédios controlados e, diferentemente dos ansiolíticos não existem evidências científicas de que os antidepressivos causem dependência.
Então, quando falamos no abuso de antidepressivos estamos falando do uso indiscriminado dos antidepressivos, suspensão e retirada nos tratamentos dos Transtornos Ansiosos.
O uso correto da medicação é como uma ferramenta que você possui no tratamento. Os antidepressivos apresentam uma série de contra-indicações e riscos, portanto são auxiliares, importantes em algumas situações, mas não devem ser de uso permanente ou exclusivo no tratamento.
O que estamos dizendo é que é a remissão dos sintomas ansiosos envolve entender a ansiedade de uma maneira mais ampla. Entender que suas raízes estão nas programações mentais e que para isso é necessário um processo terapêutico, bem como gerenciar seu estilo de vida, incluindo exercícios físicos, hábitos alimentares saudáveis, higiene mental e higiene do sono.
Outro abuso dos antidepressivos é com relação a sua suspensão e retirada. Esse tipo de medicação não deve ser interrompido abruptamente. Uma interrupção súbita do tratamento pode resultar em sintomas piores, como náuseas, diarréia, perturbações do sono, dores de cabeça, tonturas, angústia e rápido retorno dos sintomas ansiosos.
Recomendamos que marque uma consulta com o médico que lhe prescreveu o medicamento para decidir em conjunto uma redução ou alteração na medicação. O desmame, alteração gradual da medicação, ajuda a evitar os sintomas descritos acima.
Portanto, se estiver fazendo uso de medicação no tratamento da ansiedade associe a psicoterapia e opte por hábitos saudáveis!
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Riscos do uso dos ansiolíticos
Os ansiolíticos também chamados de tranquilizantes ou calmantes são medicamentos controlados que visam a redução dos sintomas e das crises de ansiedade.
Os ansiolíticos, a maioria da classe dos benzodiazepínicos, são controlados: só prescritos por médicos e vendidos com receita que fica retida na farmácia.
Os benzodiazepínicos têm uma tarja preta na caixa onde está escrito: “VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA. O ABUSO DESTE MEDICAMENTO PODE CAUSAR DEPENDÊNCIA”. E este é o maior dos riscos no uso dos ansiolíticos, a dependência física e/ou emocional da medicação ou seja, o uso crônico ou abuso.
A dependência está principalmente ligada ao tempo de uso da medicação.
Quanto mais prolongado o uso, maior a chance da dependência física e/ou emocional.
A dependência física da medicação é percebida pelo grau de tolerância (é necessário aumentar a dose para efeito similar) e pela abstinência (desenvolvimento de sintomas quando não se usa a medicação, por exemplo: sudorese, dores de cabeça, dores no corpo, tremores, insônia, tensão e irritação).
A dependência emocional é percebida pelo grande medo e insegurança de ficar sem a medicação e piorar dos sintomas e começar a ter crises ou insônia.
Toda interrupção do uso dos ansiolíticos envolve um passo-a-passo chamado de desmame e que deve ser, sempre, orientado pelo médico que prescreveu a medicação.
Portanto, os ansiolíticos são medicamentos indicados no controle dos Transtornos Ansiosos e seu uso, acima de 6 semanas é uma decisão que cabe ao médico mediante uma avaliação e uma discussão sobre os prós e contras deste uso, dado o risco de dependência.
Leve sempre em consideração que, enquanto não tratar a base da ansiedade, que está na sua programação mental, sempre se estará preso ao controle da ansiedade com medicamentos ou técnicas não medicamentosas.
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O que uma pessoa com Ansiedade e Depressão sente?
Essa dupla de transtornos mentais, chamada de Ansiedade Depressiva ou Depressão Ansiosa, travam a vida e geram um enorme sofrimento!
O que uma pessoa que sofre de ansiedade e de depressão sente é o conjunto dos sintomas físicos e emocionais do transtorno ansioso e do transtorno depressivo.
A pessoa que tem esses dois transtornos, simultaneamente, sente muito medo e tristeza.
Na cabeça da pessoa, ao mesmo tempo que vem o medo e pensamentos negativos oriundos de uma projeção de um futuro ruim, catastrófico, vem o sentimento de impotência, frustração por se sentir incapaz diante do que se apresenta no futuro, gerando muita tristeza e autodesprezo. Tudo isso imerso em irritabilidade e choro fácil.
Tem uma sensação grande de desânimo, de que aquilo é demais para ela e uma cabeça cheia de pensamentos: “O que eu estou fazendo aqui? Não sirvo pra nada, seria melhor que não estivesse aqui… Mas se eu for vai ser pior ainda para os outros”. Ansiedade e depressão juntas fazem com que a gente se sinta temendo pelo futuro, preocupada com tudo e com todos e se achando uma inútil, em um pessimismo apático.
Fisicamente, sente o corpo pesado, cansado e ao mesmo tempo tenso, todo duro.
Coração que dispara, aperto no peito e a respiração superficial e curta.
Tonturas, tremores, dores de cabeça e do estômago, perturbações gastrointestinais.
Também podem estar presentes o dormir demais como o não conseguir dormir, o comer demais como o não conseguir engolir nada.
A pessoa vai ciclando entre medo e tristeza e se sentindo completamente perdida e sem controle do que sente e pensa e por isso necessita de um tratamento medicamentoso e psicoterapêutico para sair o quanto antes deste círculo vicioso.
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Tipos de ansiedade: Transtorno Misto
O Transtorno Misto Ansioso e Depressivo também chamado de Ansiedade Depressiva ou, ainda, Depressão Ansiosa é um quadro caracterizado pela presença de depressão e ansiedade simultaneamente em uma mesma pessoa. É, por exemplo, ter diabetes e hipertensão ao mesmo tempo.
Transtorno depressivo ansioso é um acometimento psiquiátrico comum que une sintomas emocionais e físicos destes dois transtornos, criando um quadro de preocupação e tristeza constantes.
A ansiedade condiciona o indivíduo a pensar em um futuro negativo, catastrófico e isso gera uma frustração e a sensação que não vai dar conta, iniciando a tristeza e a desesperança, ou seja, à depressão, causando assim um círculo vicioso.
No Transtorno Misto Ansioso e Depressivo encontramos os seguintes sintomas emocionais: irritabilidade, desânimo, medos, pensamentos negativos, pessimismo, preocupações, tristeza, apatia, cansaço ou fadiga, dificuldade de concentração, choro fácil, baixa autoestima ou sentimentos de inutilidade. Os sintomas físicos são: alterações no apetite, no sono, com quadro de insônia, taquicardia, falta de ar, tremores e mal-estar estomacal e pertubações gastrointestinais.
A combinação de sintomas depressivos e de ansiedade provoca um comprometimento significativo da vida da pessoa que sofre desse transtorno pois afeta o convívio familiar, relacionamentos e trabalho, mas pode ser tratado com sucesso, de modo a recuperar a qualidade de vida do paciente.
Para finalizar, o transtorno misto ansioso e depressivo tem tratamento e, se não for tratado a tempo, pode se tornar crônico.
O tratamento da depressão ansiosa é semelhante ao tratamento dos casos de ansiedade.
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